Com a chegada da Black Friday, o Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo – Seção Goiás (Ibedec-GO) faz um alerta importante: nem toda oferta é real. O presidente da instituição, Wilson Rascovit, orienta os consumidores a redobrarem os cuidados para não cair em armadilhas ou golpes durante o período de promoções.
“É fundamental pesquisar os preços com antecedência. Muitos estabelecimentos aumentam o valor dos produtos semanas antes e depois anunciam falsos descontos. O consumidor precisa estar atento para não ser enganado”, alerta Rascovit.
O especialista lembra que compras feitas pela internet ou por catálogos garantem ao cliente o direito de arrependimento em até sete dias após o recebimento do produto — o que significa que o comprador pode desistir da compra e receber o valor pago de volta, sem precisar justificar.
Já em casos de produtos com defeito, se o problema não for resolvido em até 30 dias, o consumidor pode exigir a troca, a devolução do dinheiro ou o abatimento proporcional no preço. “A Black Friday pode ser uma boa oportunidade, mas também é um prato cheio para golpistas. Por isso, é essencial verificar a confiabilidade do site, checar o endereço eletrônico, o SAC e evitar preços milagrosos. Se estiver muito barato, desconfie”, reforça o presidente do Ibedec-GO.
O instituto recomenda alguns cuidados simples, mas fundamentais para quem vai comprar online:
- Verifique se o site começa com “https” e exibe o ícone de cadeado na barra de navegação;
- Salve ou imprima todos os comprovantes e informações sobre o produto;
- Desconfie de preços muito abaixo da média do mercado;
- Confira se o site tem telefone, endereço físico e canais de atendimento ao cliente;
- Evite fazer transações em computadores públicos;
- Use senhas seguras e atualizadas e mantenha o antivírus ativo;
- Exija nota fiscal e leia as políticas de troca e devolução antes da compra.
No caso de sites internacionais, o Ibedec-GO lembra que é importante verificar as taxas de importação e se o produto possui assistência técnica no Brasil. “O consumidor precisa agir com calma, comparar preços e garantir que está comprando de uma loja confiável. Informação é a melhor defesa contra o golpe”, conclui Rascovit.